A nobreza e a carnificina
(e não estamos falando de GOT, hein!)
Sabe aquilo que você sentiu quando, na primeira temporada de Game Of Thrones, viu Ned Stark ser submetido a maior humilhação/ injustiça da história das séries, sem nenhuma chance de se defender?
Sabe a raiva por cada personagem abominável, pela sujeira, pela guerra de poder, pelo comportamento inescrupuloso e por não poder confiar em absolutamente NINGUÉM, apesar de amar muitos deles (love Cersei <3) ?
E sabe o quanto você adorou essa sensação durante as cinco temporadas e o quanto achou que não sentiria nunca mais essa completude?
Pois bem...
Eu confesso que comecei a ver Versailles pela fotografia maravilhosa que julguei ter quando vi as imagens, por todo aquele clima nobre-francês-chique. Pelos vestidos glamourosos e tudo o que eles traziam.
A primeira impressão ao ver uma série não muito famosa é de estranhamento. Estranhamento com aquele bando de homem cabeludo com cara de almofadinha. Estranhamento pelo linguajar pomposo, pelas táticas de combate, pela história que eu deveria conhecer para saber separar realidade de ficção mas que, imersa em minha ignorância, não conheço.
Mas todo o pré julgamento fica em segundo plano quando a trama impressionante de Versailles começa a ser desenvolvida.
O Rei Luis XIV (George Blagden) está no poder da França e em guerra com outros países europeus. Apesar de contrariado por grande parte de sua corte, ele leva sua sede de Paris para Versailles, e lá desenvolve uma verdadeira fixação pela ideia de construir o maior palácio do mundo, para provar assim o seu poder absoluto aos opositores.
Mas nem tudo são flores na monarquia, e nós aprendemos isso muito bem em outros seriados. E com Luizinho não foi diferente.
Diante de uma equipe de conselheiros de decência duvidosa, uma rainha prestes a parir, uma guerra de ego com o irmão gay, um caso amoroso com a própria cunhada (esposa desse mesmo irmão gay), e espreitado por saqueadores que querem tornar a "Estrada Real" insegura (causando assim um abalo na reputação do Rei perante a nobreza), Luis se vê diante de um caos absoluto, ao mesmo tempo em que tenta provar, dia após dia, o seu poder diante de sua própria corte, que demonstra cada vez mais precisar menos de seu soberano.
Desmoralizado, escandalizado, enfraquecido e em guerra.
Como vai terminar?
Eu não sei.
Mas eu tô vendo.
E eu indico.